Substantivo. Um movimento dedicado a espalhar atos aleatórios de beleza, poesia e provocações intelectuais. O conceito originou no escritor Hakim Bey e já apareceu em filmes como o cult francês Amélie. Difere do conceito de "boa ação do dia" em que as ações nem sempre são boas, mas o objetivo final também não é malicioso, é a expansão das percepções. Atos de terrorismo poético podem, claro, ser boas ações - eles também podem ser esquisitos, fedorentos, chocantes, provocativos, contra-culturais, anacrônicos, sutis, subversivos, trelosos, escuros, criativos e folclóricos. Exemplos, do poético ao político: Decorar as paredes de um banheiro público com sonetos clássicos usando tinta com glitter;
Erigir, do nada, uma escultura inflável gigante num espaço público em um dia, e removê-la na calada da noite sem deixar rastros ou explicações;
Banhar pedestres com pétalas de flores;
Cultivar plantas alimentícias em pequenos espaços abandonados (aquele buraco num canto da esquina, embaixo do viaduto, etc);
Sussurrar no ouvido de pessoas aleatórias na rua "Eu também sei sobre eles" e seguir seu caminho sem explicações;
Colocar santinhos com mensagens anarquistas dentro de bíblias que estão à venda;
Pintar slogans contra-econômicos em calçadas;
Jogar bombas de sementes em espaços abandonados mas de difícil acesso;
Tirar fotos curiosas, de preferência com elementos contra-políticos, e deixá-las em lugares inesperados (fotos de mensagens anarquistas em livros do Padre Marcelo Rossi são um clássico);
O que der na telha!
Menos terrorismo e mais terrorismo poético!
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